7 Pricípios da Sustentabilidade
Postado por: Wagner Montanha
Os sete princípios da sustentabilidade
Os sete princípios da sustentabilidade na mudança educativa e na liderança são a profundidade, a durabilidade, a amplitude, a justiça, a diversidade, a disponibilidade de recursos e a conservação.
1. Profundidade
A liderança sustentável importa. Na educação, devemos preservar, proteger e promover o que é sustentável, que constituiu enriquecimento da vida: o propósito moral fundamental de uma aprendizagem profunda e alargada para todos (em vez do sucesso testado
superficialmente e definido estreitamente), num contexto de empenhamento para com os outros e de relações de cuidado permanente. O primeiro princípio da liderança sustentável é o da sua orientação para a aprendizagem e para o cuidado interpessoal.
2. Durabilidade
A liderança sustentável perdura. Ela preserva e promove, ao longo do tempo, os aspectos mais valiosos da vida, ano após ano, líder após líder. Como recordam Collins e Porras, "todos os líderes, independentemente do seu carisma ou do seu carácter visionário, acabam por morrer,,44. A sucessão dos líderes e a capacidade de liderar ao longo do tempo, independentemente de quem sejam os dirigentes, constituem um desafio central da sustentabilidade da liderança e da mudança no mundo educativo.
3. Amplitude
A liderança sustentável dissemina-se. Ela sustenta a liderança exerci da pelos outros e baseia-se nela. Num mundo complexo, nenhum líder, instituição ou Nação pode ou deve controlar tudo. A liderança sustentável é uma liderança distribuída. Esta afirmação representa tanto uma descrição precisa da quantidade de liderança que já é exercida na sala de aula, na escola e no sistema educativo, como uma ambição relativamente àquilo em que a liderança se pode transformar, de uma forma mais deliberada.
4. Justiça
A liderança sustentável não só não prejudica o ambiente circundante, como o melhora, activamente. Esta forma de liderança não retira os melhores recursos às instituições vizinhas, a nível de alunos e de professores excepcionais. Ela não prospera à custa de outras escolas. Tal liderança não provoca danos nas organizações adjacentes nem na comunidade local e encontra activamente formas de partilhar conhecimento e recursos com elas. A liderança sustentável não éautocentrada: é, pelo contrário, socialmente justa.
5. Diversidade
A liderança sustentável promove uma diversidade coesa. Os ecossistemas fortes são diversos do ponto de vista biológico. Também as organizações fortes promovem a diversidade e evitam a estandardização. Nas comunidades sustentáveis, o alinhamento é um termo com conotação negativa: ele perpetua a dependência hierárquica relativamente a sistemas lineares frágeis que facilmente se desfazem. Pelo contrário, a liderança sustentável promove a diversidade no ensino e na aprendizagem, aprende com ela e consegue progressos, estabelecendo redes coesas entre a riqueza dos seus variados componentes.
6. Disponibilidade de recursos
A liderança sustentável desenvolve-se sem esgotar os recursos materiais e humanos. Ela reconhece e recompensa os talentos de liderança existentes numa organização, na fase inicial da carreira das pessoas e não apenas no fim. Ela zela pelos líderes, assegurando-se de que cuidam de si próprios. Tal liderança renova a energia das pessoas: não esgota os líderes, através da sobrecarga de inovações e de prazos irrealistas para concretizar a mudança. A liderança sustentável é prudente e dispõe de recursos, sem desperdiçar dinheiro, nem pessoas.
7. Conservação
A liderança sustentável honra o que de melhor existe no passado e aprende com ele, tendo em vista criar um futuro ainda melhor. Entre o caos da mudança, a liderança sustentável mostra-se firme quanto à preservação e à renovação dos seus objectivos de longo prazo. A maior parte das teorias e das práticas de mudança só aponta em frente: trata-se de 'uma mudança sem passado nem memória. A liderança sustentável revisita e revive as memórias organizacionais e honra o saber dos que transportam essa lembrança.
Andy Hargreaves e Dean Fink, obra citada, pp. 33-34
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